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Estamos preparados para uma supertempestade espacial?



Publicado em: 10/02/2013 18:20:00

 

Em 1859 ocorreu a maior tempestade geomagnética solar que a humanidade tem  lembrança.

Essa supertempestade foi denominada de Evento Carrington e foi causada por  uma grande ejeção de massa coronal solar. O fenômeno criou um vento solar de  grande potência que atingiu a Terra em pouco mais de 17 horas. O evento ocorreu  em primeiro de setembro de 1859, logo após o surgimento de várias manchas e  explosões solares observadas pelos telescópios dos astrônomos Hodgson e  Carrington.

O evento foi sentido na Terra, principalmente através das espetaculares  auroras boreais que, normalmente restritas ao círculo Ártico, foram vistas ao  redor do mundo até o Caribe em latitudes próximas ao Equador.

O brilho da aurora boreal nas montanhas rochosas foi tão intenso que acordou  mineradores de ouro que pensaram estar amanhecendo. Pessoas acordadas no  nordeste americano podiam ler um jornal em plena noite. A tempestade  geomagnética foi tão extraordinária que os postes do telégrafo emitiam faíscas  elétricas, o papel do telégrafo pegava fogo e a platina dos contatos quase  fundiam tamanha a carga da eletricidade estática. Os sistemas do telégrafo,  mesmo após terem sido desligados continuavam enviando e recebendo sinais. Isso  foi constatado por operadores do Maine que enviaram e receberam mensagens sem  uso de baterias usando a corrente e o magnetismo que impregnava o ar. As luzes  do céu estavam mais brilhantes do que a própria Lua e a Terra estava sendo  bombardeada pela maior tempestade solar que se tem lembrança.

Estudos em testemunhos de sondagem do gelo ártico mostram que o Evento  Carrington foi o maior dos últimos 500 anos.

Imagine o que aconteceria se a Terra fosse, novamente, bombardeada por uma  supertempestade solar como esta?

Em um mundo cibernético, controlado por computadores onde fios se espalham por centenas de milhões de  quilômetros em intrincadas tecnologias e aparelhos, onde todo o sistema de  comunicação, internet, telefonia, localização etc... depende da comunicação com  satélites, torres, fios...

sol  

Imagine agora a enorme energia que seria induzida e carregada em um sistema  como o nosso. O colapso será quase imediato. Os desastres relacionados a enorme sobrecarga energética serão inúmeros  e as economias seriamente atingidas irão enfrentar um tempo de recuperação possivelmente longo.

Os prejuízos se multiplicarão no hemisfério Norte para onde os ventos  solares serão focalizados pelo campo magnético terrestre.

O que está sendo feito para nos proteger de um evento como o Carrington?  Muito pouco. A nossa tecnologia eletrônica evoluiu rapidamente sem,  praticamente, nunca levar em considerção um desastre relacionado ao clima  espacial. Uma supertempestade solar será, portanto arrasadora.

Poucos países já dispõem de uma legislação e planos de contingência para  enfrentar a tempestade que, com certeza, deverá chegar, mais dia menos dia.

Na Inglaterra somente agora a Academia Real de Engenharia,  está criando  um plano estratégico para melhor preparar o Reino Unido contra uma  supertempestade solar.

Os ingleses querem que os sistemas globais de posicionamento (GPS), as redes  elétricas tenham uma certa imunidade aos efeitos devastadores do clima espacial.  Obter sucesso nestas áreas será um feito extraordinário com pequena chance de  sucesso.

Os EUA já estão bastante na frente e procuram criar tecnologias que possam  proteger as comunicações, GPS, computadores e toda a parafernália eletrônica que  pode simplesmente parar de funcionar se um Carrington Event venha a ocorrer  novamente.

Infelizmente o Homem construiu uma civilização calcada na revolução dos  computadores e da comunicação, exatamente os componentes que serão mais  atingidos em um novo Carrington Event.  Isso nos deixa muito desprotegidos  e uma outra supertempestade será arrebatadora. Os prejuízos serão medidos em  trilhões de dólares e o tempo de recuperação poderá ser muito longo.


Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

 
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